A economia brasileira e os cenários para os serviços de saúde em 2025

  • Post publicado:18 de janeiro de 2025

Tenho certeza de que você já deve estar com muitas teorias, ideias e análises feitas por economistas e canais de comunicação. Sejam elas apresentadas por meios de comunicação tradicionais e jornais de grande circulação, ou mesmo pelos meios alternativos, muitos com abrangência local, e aqueles nomes que repercutem nacionalmente.

Os números do final de 2024 em relação ao consumo do brasileiro são bastante interessantes e trazem reflexões importantes sobre os cenários que podemos projetar para os serviços de saúde, incluindo clínicas, consultórios, laboratórios e hospitais.

O que podemos esperar e quais são os desafios?

O cenário econômico de fim de ano no Brasil em 2024: Varejo, Turismo e Saúde

O final de 2024 trouxe números expressivos para a economia brasileira, impulsionados por eventos como a Black Friday, o Natal e o aumento no turismo doméstico e internacional. Esses fatores demonstram uma recuperação no consumo e no turismo, ao mesmo tempo que apontam desafios e oportunidades para setores como o de saúde.

O contexto econômico, no entanto, foi diretamente impactado pela inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulado em 4,6% no ano, mostrou que, embora controlada em relação a anos anteriores, a inflação continuou afetando o poder de compra das famílias, influenciando decisões de consumo em todas as faixas de renda. Esse cenário moldou diretamente os resultados do varejo, do turismo e da competitividade no setor de saúde.

Black Friday 2024: Recuperação e recordes

De acordo com dados divulgados pelo Valor Econômico, a Black Friday de 2024 registrou a maior alta em quatro anos, com destaque para o e-commerce, que faturou R$ 9,3 bilhões, um crescimento de 10,5% segundo a Infomoney. O comércio físico também se destacou, com um aumento de 17,1%, impulsionado pela retomada das compras presenciais e pela confiança dos consumidores em promoções de maior valor agregado.

O Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA) apontou que o crescimento total das vendas foi de 16,1% em comparação com 2023. Durante o período, mais de 33 milhões de produtos foram vendidos, conforme a Neotrust, mostrando um comportamento de compra mais planejado e consciente, focado em tecnologia, eletrodomésticos e experiências como viagens.

Apesar da inflação acumulada, os consumidores aproveitaram as promoções para adquirir itens que haviam postergado, um reflexo de planejamento e adaptação ao cenário econômico.

Natal 2024: Consumo qualificado e experiência

O Natal continuou sendo o carro-chefe do comércio brasileiro, com destaque para os shopping centers, que movimentaram R$ 5,94 bilhões durante a semana de 19 a 25 de dezembro, um aumento de 5,5% em relação a 2023, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O ticket médio em shoppings foi de R$ 213,83, enquanto as lojas de rua registraram um crescimento de 3,4%, com ticket médio de R$ 109,47.

Conforme o Índice Cielo, embora o volume de consumidores tenha aumentado, muitos mantiveram um orçamento mais controlado, priorizando compras de itens essenciais ou com descontos atrativos. Esse comportamento também foi influenciado pelo impacto da inflação, que direcionou o consumo para itens de maior necessidade ou com maior percepção de valor.

Oportunidades para clínicas e serviços de Saúde em Shoppings?

Com o aumento da presença de serviços de saúde em shopping centers, clínicas localizadas nesses espaços podem ter colhido bons resultados com o fluxo intenso de consumidores durante a Black Friday e o Natal. Esses serviços, que oferecem conveniência e acessibilidade, têm se consolidado como parte importante da experiência dos clientes nesses locais, atraindo tanto pacientes habituais quanto novos usuários.

Recentemente, discutimos essa tendência aqui em nosso portal, analisando como a presença em shoppings pode transformar o setor de saúde, promovendo novas oportunidades e desafios para as clínicas. Confira nosso conteúdo completo sobre o tema!

Turismo: Um ano de recordes

O mercado de turismo também encerrou 2024 com resultados históricos. O Brasil recebeu 6,65 milhões de turistas estrangeiros, um aumento de 12,6%, conforme o Ministério do Turismo. Esse é o maior número registrado nos últimos anos, consolidando o país como um destino atrativo para visitantes internacionais. Os principais mercados emissores foram Estados Unidos, Argentina e países europeus, e destinos como Rio de Janeiro, Salvador e Foz do Iguaçu foram os mais procurados.

No turismo doméstico, os números foram ainda mais expressivos: 20 milhões de brasileiros adicionais viajaram dentro do país, totalizando 59 milhões de viagens internas durante o ano. Destinos no Nordeste e Sudeste lideraram o ranking, com forte impacto no mercado de transporte, hospedagem e alimentação.

A inflação também desempenhou um papel importante no turismo, influenciando decisões de viagem. Com o dólar em alta, muitos brasileiros optaram por explorar destinos nacionais, enquanto o aumento nos custos de transporte e hospedagem exigiu ajustes nos pacotes e promoções oferecidos pelo setor.

Reflexões para o setor de Saúde

Enquanto varejo e turismo celebram seus resultados, o setor de saúde enfrenta um desafio estratégico. Eventos como a Black Friday e as férias de final de ano movimentam os orçamentos familiares, competindo diretamente com os gastos em saúde, especialmente em procedimentos eletivos, consultas particulares e tratamentos estéticos.

No entanto, o Brasil possui um diferencial importante: é reconhecido mundialmente como referência em turismo de saúde, com destaque para cirurgias plásticas e tratamentos estéticos. Nosso país figura há anos entre os líderes globais nesse segmento, competindo diretamente com os Estados Unidos. Profissionais altamente qualificados, combinando expertise técnica e preços competitivos, atraem pacientes internacionais em busca de qualidade e acessibilidade nos tratamentos.

Além disso, o crescimento do turismo reflete uma priorização do bem-estar emocional e da busca por experiências transformadoras. Essa lógica pode ser aplicada ao setor de saúde, que deve investir em serviços que valorizem tanto a experiência quanto os resultados para o paciente.

Outro ponto relevante é a taxa de cobertura dos planos de saúde, que se mantém em torno de 25% da população brasileira. Essa realidade gera uma sobrecarga significativa no Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto estimula o crescimento de modelos de negócios acessíveis, como clínicas populares e serviços de assinatura voltados para a saúde básica e preventiva. Essas soluções têm desempenhado um papel crucial no acesso à saúde para as classes mais vulneráveis, consolidando-se como tendências de mercado e necessidades sociais.

Em um estudo recente publicado aqui em nosso portal, destacamos que negócios baseados em acessibilidade e inovação são essenciais para equilibrar a equação entre qualidade e custo em um país com um sistema de saúde público saturado e uma base de usuários do setor privado ainda limitada.

Segue o texto revisado com maior clareza, coesão e fluidez, mantendo a estrutura original e respeitando o tom:

Reflexões para o setor de Saúde

Enquanto varejo e turismo celebram seus resultados, o setor de saúde enfrenta um desafio estratégico. Eventos como a Black Friday e as férias de final de ano movimentam os orçamentos familiares, competindo diretamente com os gastos em saúde, especialmente em procedimentos eletivos, consultas particulares e tratamentos estéticos.

No entanto, o Brasil possui um diferencial importante: é reconhecido mundialmente como referência em turismo de saúde, com destaque para cirurgias plásticas e tratamentos estéticos. Nosso país figura há anos entre os líderes globais nesse segmento, competindo diretamente com os Estados Unidos. Profissionais altamente qualificados, combinando expertise técnica e preços competitivos, atraem pacientes internacionais em busca de qualidade e acessibilidade nos tratamentos.

Além disso, o crescimento do turismo reflete uma priorização do bem-estar emocional e da busca por experiências transformadoras. Essa lógica pode ser aplicada ao setor de saúde, que deve investir em serviços que valorizem tanto a experiência quanto os resultados para o paciente.

Outro ponto relevante é a taxa de cobertura dos planos de saúde, que se mantém em torno de 25% da população brasileira. Essa realidade gera uma sobrecarga significativa no Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto estimula o crescimento de modelos de negócios acessíveis, como clínicas populares e serviços de assinatura voltados para a saúde básica e preventiva. Essas soluções têm desempenhado um papel crucial no acesso à saúde para as classes mais vulneráveis, consolidando-se como tendências de mercado e necessidades sociais.

Em um estudo recente publicado aqui em nosso portal, destacamos que negócios baseados em acessibilidade e inovação são essenciais para equilibrar a equação entre qualidade e custo em um país com um sistema de saúde público saturado e uma base de usuários do setor privado ainda limitada.

Os desafios do profissional de saúde em 2025

Se você é um profissional de saúde ou gestor de algum serviço, os desafios são claros. A concorrência entre os serviços de saúde exige uma qualificação técnica constante. O paciente de 2025 continuará inserido em um cenário de múltiplas opções, onde fatores como confiança, experiência e percepção de valor guiarão suas escolhas entre especialistas, laboratórios ou clínicas.

Paralelamente, em um ambiente econômico complexo, serviços de saúde enfrentam concorrência direta com outras prioridades de consumo. Um tratamento odontológico, por exemplo, pode disputar espaço no orçamento com uma viagem ao exterior ou a reforma de um apartamento. Serviços como estética, dermatologia e cirurgia plástica seguem essa mesma dinâmica, competindo com experiências e bens materiais.

E a saúde preventiva e de urgência?

Em tempos de crise, a taxa de cobertura dos planos de saúde é sensivelmente impactada pelo aumento do desemprego, prejudicando empresas que oferecem planos como benefício. Além disso, a redução do poder de compra daqueles que arcam com planos individuais traz desafios adicionais para o setor.

Como lidar com este cenário?

Quais estratégias podem ser pensadas para manter a relevância dos serviços de saúde em tempos de incerteza? Aqui estão algumas tendências e reflexões para 2025:

  • Personalização e Experiência: A gestão estratégica de custos será essencial para equilibrar qualidade, acessibilidade e rentabilidade. O foco deve estar em entregar valor ao paciente e aos stakeholders, com alocação inteligente de recursos e estratégias que priorizem a experiência do usuário.
  • Omnicanalidade: A telemedicina e os serviços digitais continuarão em expansão, integrando consultas virtuais, dispositivos de monitoramento remoto e plataformas de acompanhamento contínuo. Esses avanços proporcionarão um cuidado mais abrangente e acessível.
  • Marketing Direto: Um calendário estratégico, alinhado às campanhas sazonais e datas relevantes, otimizará operações e ampliará a conscientização do público sobre a importância da saúde. Essas ações ajudarão a fortalecer a presença dos serviços no mercado.
  • Acesso Facilitado: A sustentabilidade no setor de saúde dependerá de modelos de precificação que reflitam o valor entregue ao paciente. A integração de análises de dados e insights financeiros permitirá a otimização de preços e margens, atendendo às demandas por serviços mais acessíveis.

Acompanhe mais insights e análises sobre as expectativas para a saúde em 2025 em nosso portal:

O setor de saúde em 2025 enfrenta desafios significativos, impulsionados por um cenário econômico que combina inflação, aumento do desemprego e pressão sobre o poder de compra. Paralelamente, a concorrência entre serviços e a priorização de outras demandas de consumo reforçam a necessidade de estratégias que equilibrem eficiência operacional e acessibilidade financeira.

A adoção de tecnologias digitais, o fortalecimento de modelos de negócio baseados em dados e a gestão estratégica de custos são ferramentas essenciais para superar as adversidades. Além disso, a ampliação de serviços que priorizem o acesso à saúde básica e preventiva pode mitigar a pressão sobre o sistema público e complementar as lacunas deixadas pela baixa cobertura dos planos de saúde.

O futuro do setor dependerá da capacidade de integrar inovação com soluções que atendam às demandas do paciente e às restrições econômicas, promovendo um sistema mais equilibrado e sustentável.