Quando a Clínica WYZ abriu as portas no centro de Goiânia, as cadeiras odontológicas viviam cheias. Nas redes sociais, pacientes elogiavam o atendimento acolhedor. Parecia o cenário perfeito, mas ao fechar o caixa do primeiro trimestre o Dr. Luiz descobriu que a conta bancária não refletia o movimento intenso. Em vez de comemorar, sentiu o estômago revirar: apesar da boa reputação, o lucro era mínimo e as despesas fixas ameaçavam sufocar o negócio.
A partir desse susto, ele percebeu que duas métricas precisavam andar de mãos dadas para o consultório permanecer saudável.
Margem de lucro, o termômetro da saúde financeira
Dr. Luiz chamou a Commerciare Gestão em Saúde para ajudar no levantamento de cada despesa e descobriu que os clareamentos dentais, seu carro chefe, custavam mais do que pareciam. Luvas, resinas, hora clínica, taxas das maquininhas de cartão e até a playlist de música ambiente tinham preço. Com o valor promocional que ele praticava, a margem caía para apenas cinco por cento.
Isso significava que, para cobrir aluguel, energia, condomínio, custos com marketing, panfletagem na rua e o pro labore mínimo, seriam necessárias cento e vinte sessões por mês. Era fisicamente impossível atender tanta gente sem sacrificar qualidade.

Satisfação do cliente, o motor do crescimento
Enquanto a margem apertava, o índice de satisfação encantava. Pacientes avaliavam a clínica com notas altas e surgiam indicações espontâneas. Foi aí que o dentista entendeu: o retorno feliz do paciente podia reduzir o custo de aquisição, mas a alegria do cliente não pagaria as contas se o preço estivesse mal calculado. Da mesma forma, elevar valores sem garantir experiência excelente faria o volume de agendamentos despencar.
Ajustando preço e experiência
Em vez de cortar gastos às pressas, a equipe decidiu unir finanças, marketing e operação em uma mesma mesa. Recalcularam o valor do clareamento, oferecendo três pacotes com transparência sobre benefícios. Criaram um questionário de pos atendimento que media NPS, Net Promoter Score, em tempo real.
Quando alguém relatava desconforto ou atraso, o gestor clínico ligava em até vinte e quatro horas e resolvia o problema. Os relatos positivos foram transformados em depoimentos e publicações no Instagram, gerando novas consultas sem elevar o orçamento de anúncios.
Resultados compartilhados
Três meses depois, a margem subiu para vinte por cento e o NPS manteve se acima de oitenta pontos. A equipe passou a enxergar números financeiros e indicadores de satisfação em um painel único na recepção interna.
Cada auxiliar sabia quanto precisava otimizar o uso de materiais, mantendo a qualidade máxima de atendimento e dos protocolos. Cada recepcionista entendia a importância de reagendar rapidamente um procedimento remarcado, e o Dr. Luiz destinava parte do lucro a cursos que aprimoravam técnicas e experiência.
Lições que ficam
- Margem de lucro é o oxigênio da empresa. Sem ela não há como reinvestir em estrutura nem remunerar o trabalho;
- Tenha claro em seu negócio a quantidade e a previsão de vendas necessárias para garantir lucro;
- Satisfação é o coração que bombeia clientes de volta e diminui o custo de aquisição;
- Quando finanças e experiência conversam, o negócio respira e permanece forte mesmo em mercados concorridos;
- Líderes que monitoram esses dois indicadores diariamente tomam decisões mais seguras, evitam promoções predatórias e investem exatamente onde o paciente percebe valor.
A Clínica WYZ aprendeu que agenda cheia não basta. É preciso sorrir para o paciente e para o resultado financeiro ao mesmo tempo. Negócios que unem margem saudável e cliente encantado constroem reputação sólida, financiam inovação e continuam entregando aquilo que o mercado realmente procura.
E o seu negócio? Sofre com margem insuficiente por falta de vendas ou enfrenta questionamentos de qualidade mesmo com bom faturamento?
Talvez seja hora de colocar lucro e satisfação na mesma conversa!
