Por: Luiz Henrique Soares

Chegamos ao momento trimestral de compartilhar informações sobre os números e a situação da saúde suplementar no Brasil. Este mercado, sempre dinâmico, traz desdobramentos significativos que impactam diversos setores. Vamos analisar os dados mais recentes:

ASSISTÊNCIA MÉDICA

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número de beneficiários de planos de saúde privados alcançou 51.452.219 vidas no terceiro trimestre de 2024. Comparado ao mesmo período de 2023, quando havia 50.657.347 beneficiários, o crescimento foi de 2%.

A taxa nacional de cobertura é atualmente de 25,34%, segundo a ANS. Vale destacar que esses números são nacionais e podem variar significativamente entre estados e capitais.

Apesar do cenário aparentemente favorável para as operadoras, é necessário refletir: essa visão otimista condiz com a realidade do sistema de saúde no Brasil?

Sabemos que as operadoras enfrentam desafios contínuos, como:

• Custos assistenciais elevados, exacerbados pelo aumento de preços de insumos, materiais e tecnologias atrelados à moeda estrangeira.
• Desperdícios no setor, incluindo exames desnecessários ou em excesso.
• Fraudes, que seguem impactando custos operacionais e financeiros.

Diante disso, questionamos: as operadoras estão implementando estratégias eficazes para otimizar a gestão de custos e operações? Modelos assistenciais inovadores, como atenção primária e verticalização, têm sido adotados por novos players e empresas em consolidação. O uso da tecnologia também se destaca como fator decisivo na busca pela eficiência operacional e financeira.

Acompanhe abaixo o ranking das maiores operadoras na modalidade de assistência médica:

ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA

O setor de planos odontológicos continua apresentando crescimento expressivo. No terceiro trimestre de 2024, 34.078.511 beneficiários foram registrados, representando um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2023, quando o número era de 31.633.462 vidas.

Esse avanço consolida a relevância dos planos odontológicos como um produto essencial para o acesso aos cuidados de saúde bucal. Além disso, eles estão entre os benefícios mais valorizados oferecidos por empresas privadas aos seus colaboradores.

Os números mostram avanços, mas desafios persistem. Como equilibrar o crescimento com a sustentabilidade do sistema? Como garantir mais acesso à saúde para a população, promovendo eficiência e qualidade?

Estas são questões fundamentais para o futuro da saúde suplementar no Brasil.